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domingo, 27 de novembro de 2011

BÁSICO: Bandas de Bollinger

As Bandas de Bollinger (ou Bollinger Bands, em inglês) são usadas para definir a volatilidade dos preços de um certo ativo e indicar zonas em que esses preços devem oscilar, entre as bandas, com maior probabilidade. Não é 100% exato, como tudo em análise técnica.

São duas linhas [superior e inferior] que geralmente contém uma média móvel simples no meio delas, com valor padrão de 20 períodos, tanto as bandas quanto a média. O desvio padrão usado nessas bandas geralmente é de 2. Há quem não use a média no meio, ou simplesmente use outro valor para os períodos, ou até uma média exponencial ao invés da média simples que é o padrão para o indicador.

O criador dessa ferramenta de análise técnica é John A. Bollinger, e apareceu lá pela década de 1980. Inclusive ele acabou escrevendo um livro pra tratar do assunto: Bollinger On Bollinger Bands.

http://www.amazon.com/Bollinger-Bands-John/dp/0071373683

Além das próprias Bandas, existem ao menos dois indicadores derivados delas: %b e BandWidth.

O '%b' ou 'porcento b' é derivado também da fórmula do Estocástico [outro oscilador empregado em Análise Técnica - não trataremos dele aqui] e mostra onde se está em relação às bandas.

'BandWidth' - como o próprio nome sugere - mostra a largura das bandas, ou seja, a distância entre elas, e também é um oscilador.

Bandas de Bollinger em cinza

Nesse gráfico, parte embaixo, o %b

Nesse gráfico, parte embaixo, o Bandwidth

Existem várias estratégias usando Bandas de Bollinger e seus derivados (%b e bandwidth).

Vamos citar aqui algumas possíveis interpretações do comportamento dos preços com base nas Bandas de Bollinger apenas.

O VOLATILIDADE dos preços pode ser identificada através da largura das bandas, vejamos...

Podemos identificar nas linhas azuis verticais várias larguras das bandas. Quanto maior a largura, maior a volatilidade do papel. Quanto menor a largura, menos volatilidade, ou seja, menos variação de preços, que tendem a ficar mais 'mansos', 'comportados', sem oscilar muito.

Exatamente isso pode indicar boas oportunidades de negócios, explorando a alta na volatilidade de um papel. É o que tentaremos mostrar a seguir...

Notem como a largura das bandas estava bem pequena [olhem o indicador de largura de banda nas barras embaixo do gráfico para enxergar melhor as variações].

Essa 'calmaria' antes da 'tempestade' é algo clássico!

O preço deu uma última oscilada, ali nas setas azuis e depois testou a linha laranja que mostra o limite inferior de oscilação do preço [um suporte], sendo que no dia posterior o preço caiu rapidamente e bastante, indicando um aumento repentino na volatilidade, ou uma explosão do mercado, que tal qual uma mola estava comprimido naquele pequeno canal lateral de oscilação, de baixa volatilidade [variação de preços].

Alguém que estivesse acompanhando isso, poderia estar aguardando um rompimento para explorar uma possível aceleração do movimento, exacerbando a variação de preços, tal qual ocorreu nos dias seguintes.

Notem que os candles durante a queda expressiva fecharam todos FORA das bandas, ou seja, fora da área onde, probabilisticamente, deviam se situar na maior parte do tempo. Essa distorção, ou melhor, esse 'desrespeito' do 'limite' das bandas geralmente sinaliza algo interessante para se ganhar algum dinheiro, MAS é preciso tomar CUIDADO! Áreas de aumento de volatilidade acompanham aumento de risco, sendo crucial um controle de risco e estratégia com stops bem definidos. Nada de entrar no movimento despreparado. SEMPRE COM ESTRATÉGIA PRÉ AJUSTADA E PROGRAMADA!

Após fechar em baixa e fora das bandas, mostrando força na retração dos preços [uma oscilação de 17% em 3 pregões!], houve um repique pra dentro das bandas, mais ao centro. Notem que ali a largura das bandas se manteve alta e estável, já que a composição das bandas no caso é de 20 períodos. Um pouco mais adiante, retirando os 20 candles anteriores, vai voltando à calmaria, com o retorno da largura de bandas ao que estava antes, praticamente.


Vemos acima [setas azuis] pontos onde ocorreu a mesma coisa, conforme o gráfico diário da USIM5 nos mostra.

Mas nem sempre os preços vão se projetar para fora da banda no lado que tocam e a volatilidade aumentar para fortalecer aquele direcionamento. É ai que está o problema!


 Vejam esse gráfico da VALE5, diário, meados de jun/11. Havia baixa volatilidade [seta azul]. O preço desceu e varou a banda inferior [linha laranja], estagnou [seta verde] e voltou a subir. Não houve aumento de volatilidade ali e não ocorreu a queda rápida e expressiva de preços. Como tudo em Análise Técnica, nem sempre acontece o que se está vendo com daterminadas ferramentas.

Agora vejamos um mês adiante no mesmo papel, mesmo gráfico diário...

Lá está novamente a queda expressiva e rápida, quando a banda ficou extremamente pequena e em seguida explodiu com vários candles longos de baixa, fechando fora da banda inferior. Não é coisa boa pra trader sem disciplina, sem paciência e muito menos sem estratégia previamente montada para identificar quando entrar e sair de furacões assim.

Outro exemplo de falso sinal que acabou indo pra outra banda, literalmente...

Notem o estreitamento das bandas [setas azuis], a alta dos preços varando a banda superior, o que elevou a volatilidade [seta laranja e seta verde], MAS o preço resolveu inverter e cair, rompendo o suporte mostrado na linha laranja e continuar caindo, fechando várias vezes fora da banda, até que voltou em direção ao centro.

Outro exemplo de como qualquer indicador usado como ferramenta não tem 100% de acerto. É sempre uma questão de probabilidade de dar certo, e estratégia com controle de risco para quando der errado não levar um tombo forte. Imagine quem comprou a 36 esperando alta expressiva, viu o preço cair a 35, 34, 33 e ficou anestesiado, pois não colocou stop... Veja o prejuizo que teria tomado!

Outra forma de se operar com BB [Bandas de Bollinger] é quando as bandas servem ao seu propósito original: indicar a faixa que os preços oscilam. Vejamos abaixo novamente o ITUB4, mais pro início de 2011.


 O mercado estava andando de lado, com algumas oscilações. O paraíso para que identificou essa faixa por onde os preços oscilavam [linhas laranjas].

Quando preço rompia pra fora da banda [veja os círculos roxos e azuis], se esperava retornar pra dentro da banda e quando se dirigia pro centro se poderia comprar/vender conforme a posição. As vezes os preços até iam pra outra banda, tocavam em voltavam. É uma forma de operar também.

No exemplo abaixo será mostrado uma conjugação de ferramentas para operar com Bandas de Bollinger: IFR de 9 e Média Móvel Simples de 20 Períodos.


Notem os pontos marcados, onde se podia vender [1], comprar [2] e comprar [3], tendo as bandas e a média móvel para auxiliar a visualização do comportamento dos preços. Notem com as bandas também ajudam a mostrar as altar e baixas mais significativas no gráfico, ao acompanhar os movimentos mais fortes de preço, desenhando altas e baixas paralelas.

Esses são apenas alguns dos critérios que se pode usar para operar com essas Bandas, sempre importando observar que não são 100% precisos e confiáveis, podendo gerar erros, como tudo mais em análise técnica, nada prevendo o futuro, apenas medindo os acontecimentos.

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